No projeto Bibliolab, a nossa turma tem trabalhado com uma equipa de investigadores nas Ciências da Educação, explorando várias áreas.
Ao longo do ano pudemos dar as nossas ideias, colocar questões e partilhar o que fazemos.
A propósito do Dia Internacional da Biodiversidade, estivemos a ver como poderíamos aprender na Natureza e se considerávamos importante fazê-lo. Essas nossas ideias foram trabalhadas pelas investigadoras do Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) na escrita de um artigo que foi publicado no Jornal Diário de Aveiro e no site da UA, a propósito de estratégias educativas para a promoção de atitudes e comportamentos positivos face à conservação da biodiversidade.
Cada um de nós pode apresentar a sua opinião, justificando-a, argumentando, por vezes com exemplos.
A primeira intervenção foi para dizer que é melhor aprender vendo e fazendo do que utilizando os manuais. Se virmos uma planta, se a observarmos, vamos aprender melhor como é constituída.
Falámos também da possibilidade de conhecer e identificar novas espécies.
Falámos também da importância de não estar trancado numa sala, de sair, de estar mais livres, de poder fazer exercício e respirar ar puro.
Quando a professora referiu que estávamos a falar apenas de Estudo do Meio, saltámos para as Expressões, falando de decalques, de ilustração e de criatividade. Comentámos também que podemos sentir cheiros, provar, escutar os pássaros,...
Quando fomos questionados acerca da matemática, falámos da possibilidade de se trabalhar na Natureza sequências, regularidades, contagens, comparações, medidas, simetrias, estimativas,... Havia sempre exemplos para dar em cada situação.
Em português, reconhecemos que para além de aprender vocabulário novo, aprendemos a comunicar, a argumentar, quer oralmente, quer por escrito.
Numa saída de campo trabalhamos a cidadania, o trabalho colaborativo e sobretudo, aprendemos a gostar da Natureza e a querer preservá-la.
Numa aula na Natureza aprendemos a estar mais atentos, a ser mais observadores e mais críticos. É muito mais fácil identificar problemas quando estamos junto deles. Pensar em soluções torna-se também mais fácil fora da sala e dos manuais.
As estratégias apontadas foram "Provar e experimentar a biodiversidade", "Tornar a Natureza uma sala de aulas" e "Tornar os alunos embaixadores da conservação". Nas nossas atividades nós já usámos todas estas estratégias, pois já provámos medronhos, já usámos a natureza como sala de aula, já combatemos invasoras, já fizemos sementeiras e plantações, já construímos um charco, e já colocámos na escola comedouros a caixas-ninho.Em resumo, se nos perguntarem se há vantagens em aproveitar a Natureza como sala de aula, nós respondemos rapidamente e com toda a certeza "Sim!" porque a Natureza é realmente a melhor sala de aula!
Nenhum de nós tem dúvida de que na Natureza somos muito mais felizes e estamos mais motivados para aprender!