sexta-feira, 24 de junho de 2022

Matemática a brincar

 Hoje à tarde trabalhámos matemática de uma forma diferente, jogando dominó.

Este não é um dominó comum. Temos de associar frações à sua representação.

No início foi um bocado complicado mas logo percebemos como funcionava!

É bom aprender desta forma, divertindo-nos!


S. João

Chegou o S. João, uma festa que se celebra um pouco por todo o país. Este dia assinala o nascimento de João Batista.

Na véspera deste dia,  é tradição comer sardinhas, dar marteladas na cabeça com martelos que fazem uns assobios, bater com o alho-porro nas cabeças, comprar manjericos, ...

As ruas do Porto ficam cheiinhas de gente! Diz-se que esta é a noite mais longa da cidade pois há festa nas ruas até de manhã.

Há uma tradição deste dia que até pode ser bonita mas é muito perigosa, é lançar os balões! É perigoso porque o vento pode levá-los para uma zona de floresta e pode incendiá-la! Por esta razão não se deve lançar balões, mesmo que achemos que o céu fica maravilhoso, pintalgado de pontos de luz.

A professora falou-nos de uma tradição daqui desta zona, a de os rapazes irem "roubar" vasos às casas das raparigas solteiras (às vezes a todas as casas) e colocá-los nas escadas da igreja. De manhã era habitual ver pessoas de carrela carregada de vasos, levando-os para casa.

Disse-nos que esta tradição desapareceu já há  alguns anos. Hoje, por exemplo, não havia nenhum vaso na igreja de Recarei. 

Outra tradição são as marchas ou rusgas, e essa, nós vamos reviver na festa do final de ano.

Também é tradição fazer quadras no S. João e nós também as fizemos.

Há palavras que é quase obrigatório usar, "S. João, manjericos, sardinhas, martelinhos, balões, rusgas, marcha, alegria, folia, fogueiras, alho-porro, ..."

Pensando nestas palavras, criámos as nossas quadras, tendo o cuidado de rimar o primeiro verso com o terceiro e o segundo com o quarto. Outra regra é os versos terem sete sílabas métricas que não as que nós contamos em português. As sílabas métricas contam-se dizendo os versos "aos pulinhos". Já estamos craques nessa tarefa!

Quase a acabar a manhã,  fizemos uma leitura diferente! Lemos as quadras do Concurso de Quadras do Jornal de Notícias. Ficámos a saber que dois prémios vieram para Recarei! Que bom!


E cá estão algumas das nossas quadras!

Vem aí o S. João

e é grande a alegria.

Já tenho o meu balão

para enfeitar o dia.


Não vou lançar o balão,

p'rá floresta não queimar!

Levo-o só na minha mão

para a noite alegrar.


Ó meu querido S. João,

vem até à nossa escola,

Traz martelo e um balão

que nós trazemos a bola,


Hoje é um dia de festa,

vamos todos festejar.

Dou marteladas na testa

a quem por aqui passar!


Vamos comer as sardinhas

que são assadas nas brasas.

Como as tuas, como as minhas,

e ainda as das outras casas!


Eu quero um martelinho

para eu poder brincar.

Também quero miminho

para o balão voar.


Meu amigo S. João,

este é um dia de alegria.

Dá.me cá o teu balão

para alegrar este dia.


Vão voar muitos balões,

nós vamos assar sardinhas.

Vai ter muitos foliões 

para as comer quentinhas.


Meu querido S.João,

teu dia quero alegrar.

Dá-me aqui um balão

para eu poder brincar.


Vamos colocar enfeites,

S. João está a chegar.

Eu quero que tu espreites

para tu me veres brincar.


O S. João é bonito,

eu adoro este dia,

mas fico aflito

se acabar a alegria.


Meu querido S. João

tu és muito divertido!

Dá-me cá um martelinho

barulhento e colorido.


Vem aí o S. João

com muitos balões no ar.

Vai ser uma emoção

ouvir todos a cantar.


Meu querido S. João,

tu és muito meu amigo.

Dá-me cá o teu balão

para eu brincar contigo.

No fim as nossas  quadras foram enfeitar o manjerico que fizemos reutilizando o papel de crepe das folhas das árvores da nossa apresentação "Cem sementes que voaram". 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

O mar começa aqui!

Sempre que falamos de poluição nos mares lembrámo-nos daquelas imagens assustadoras de tartarugas presas em redes, de de gaivotas com o bico preso numa argola plástica, dos detritos tirados da barriga de algum animal marinho ou das gigantes ilhas de plástico!

A pensar neste problema, respondemos ao desafio do Eco Escolas, "O mar começa aqui", e fizemos os nossos desenhos. 

Cada um representou a mensagem que queria transmitir.

No final selecionámos um dos desenhos, fazendo uma votação. Todos estavam muito bem, mas o da Matilde parecia o melhor para passar a mensagem por isso foi esse que fomos pintar numa das sargetas do recreio.




terça-feira, 14 de junho de 2022

De mãos na massa

Hoje tivemos uma atividade nova, um workshop de culinária de cerca de 30 minutos com o Rafa Kitchen que deu para trabalhar matemática, português e estudo do meio do princípio ao fim! 

Como estamos sempre a dizer na sala, a matemática está em todo o lado, por isso, começámos logo a trabalhá-la aqui. 

A professora começou por perguntar quantos folhadinhos íamos fazer, já que o Rafa tinha cortado a massa folhada em 5 filas e 6 colunas. Respondemos 30 sem hesitar! Perguntou-nos depois quantos folhadinhos sobrariam pois estávamos 22  e respondemos logo 8. A professora brincou e disse que esses seriam para ela pois não tinha sentido alguns receberem 2 e outros só um. Claro que toda a gente disse logo que isso não era justo!

Fomos depois às salsichas. A professora perguntou como se representava a porção que estava a ser colocada em cada retângulo e respondemos logo 1/2.  Perguntou a seguir quantas salsichas seriam precisas e respondemos logo 15, metade de 30. Já na sala vimos que as salsichas vêm em latas de 6, 8 ou 10, e pensámos quantas seriam necessárias para cada situação. A professora perguntou ainda que cuidado tínhamos de ter com a lata das salsichas e dissemos logo que era ver o prazo de validade, comentando, depois de o ver, que tínhamos mais de 1 ano para as comer.

Passámos aos queques de chocolate. A professora disse para estarmos atentos porque tínhamos de escrever a receita no fim. Quando nos perguntou que tipo de texto seria esse, soubemos logo responder "instrucional". O Rafa disse que queria depois a receita.

Trabalhámos depois a estimativa, tentando calcular quantos queques poderíamos fazer com aquela massa e arranjamos expressões numéricas para representar a disposição das formas nos dois tabuleiros (3X4 + 2X4 +3). Mais tarde, na sala, comparámos as nossas estimativas com o valor exato e comentámos a nossa margem de erro. Apesar de sermos muitos, demorámos o  tempo previsto para cada grupo, o que provou que o nosso ritmo de trabalho foi ótimo! 

Na sala, em conjunto,registámos as receitas. Não esquecemos nada e até quisemos referir o corte de 6X5 da massa folhada, mesmo depois de a professora dizer que não seria muito importante. O Dinis passou as receitas para uma folha e ilustrou-as no fim, indo oferecê-las ao Rafa. Ele agradeceu, dizendo que estavam muito bem e que as ia partilhar no Facebook.  

Gostámos muito de fazer os folhadinhos e os queques, mas sobretudo,  de os comer depois! Estavam deliciosos! 

Agora vamos experimentar as receitas em casa!

Obrigado,  Rafa!










segunda-feira, 13 de junho de 2022

Muitas, muitas sementes e um novo desafio!

 A Gabriela ontem tinha enviado uma fotografia de uma vagem de mimosa com 12 sementes mas hoje trouxe uma que encontrou depois com 15 sementes! É mesmo assustador este número!

Para termos a noção do seu tamanho, a professora usou uma esferográfica para comparação.



Sabemos que as invasoras são uma das maiores ameaças à biodiversidade e quando vemos uma mimosa com sementes, ficamos mesmo assustados e temos ainda mais certeza de que este é um grave problema e muito difícil de resolver!

Na mensagem de ontem no blogue a Xana colocou uma questão que nos leva a mais um desafio:

- "Será que o número de sementes é o que torna esta espécie invasora? Ou será que as nossas espécies autóctones também têm tantas sementes?"

 A resposta a este desafio só poderá ser trabalhada no próximo ano letivo, quando as autóctones tiverem os seus frutos, mas começámos já a levantar as nossas hipóteses.

Houve quem dissesse logo que as autóctones também produziam muitas sementes mas a professora fez-nos lembrar a imagem da mimosa que estudamos, que estava completamente coberta de vagens, o que até lhe dava uma cor acastanhada e não verde.

Pensámos depois nas nossas saídas de campo que aproveitámos para recolher sementes... 

Será que os pinheiros também estavam cobertos de pinhas como a mimosa de vagens?

Será que os carvalhos também se cobrem quase completamente de bolotas?

Todos concordámos que vemos algumas pinhas caídas no chão ou presas nos pinheiros, mas nunca a cobrir completamente os ramos!

E nos carvalhos e nos sobreiros, comentámos que, se dessem semente em quantidade parecida com as mimosas, tínhamos de vir carregados de bolotas, o que não é verdade!

No próximo ano temos já um desafio para continuar a explorar este problema!

domingo, 12 de junho de 2022

Um simpático visitante

O Salvador teve a visita de uma vaca-Loura e o Francisco de um ouriço, um animal muito simpático e tímido que se transforma numa bola com bicos quando se sente ameaçado.

Geralmente esconde-se entre a vegetação ou troncos. Alimenta-se de invertebrados, insetos, rãs, pequenos répteis, ovos ou cereais. O ouriço não vê muito bem mas isso é compensado com uma audição e um olfato muito apurados.

Podem conhecer melhor esta espécie aqui:

O ouriço


Uma vaca-loura

 Na casa do Salvador apareceu um animal que nunca tinham visto e enviaram-me para ajuda na identificação. É uma vaca-loura

Não, não pensem que o Salvador tem em casa a vaca que dá o leite! Esta vaca-loura é um inseto!

Este é o maior escaravelho da Europa e pode ser mais facilmente observado a partir de maio, quando se transformam em adultos em voo. Podem ser avistadas apenas até agosto.

Temos acompanhado os bichos da seda e já sabemos que em cerca de 4 meses podemos ver a sua transformação, de ovos a mariposas, passando pelo período de lagartas ou larva e de pupa ou crisálida. Este escaravelho (Lucanus cervuspassa cerca de três anos como larvas a alimentar-se de matéria-morta, sendo por isso muito importantes na regeneração das florestas. Como adulto vive apenas um ou dois meses! Depois de encontrar um parceiro , põe os ovos e morre.

Podemos tentar encontrar a vaca-loura...

-  em árvores de grande porte, em especial nos carvalhos. 

- em árvores que tenham escorrências, porque a vaca-loura alimenta-se da seiva.

- em tumores no tronco, que são usados como abrigo

A melhor altura do dia para tentar encontrar a vaca-loura é ao entardecer ou ao anoitecer, quando estão mais ativas.

“Ao pôr do Sol, as vacas-louras costumam voar entre as copas. Estão a deslocar-se à procura de fêmeas ou de machos para lutar. Ou de seiva.”

Podem saber mais sobre este inseto aqui:

Wilder - vaca-loura

Ainda as mimosas

 A Gabriela partilhou comigo hoje uma descoberta, enviando uma fotografia.

Trata-se de uma semente de mimosa.

Na exploração que fizemos para estimar quantas sementes produzirá uma mimosa, encontrámos vagens com uma semente, com duas, com três, com quatro, com cinco, com seis, com sete, com oito e com nove sementes.

A vagem que a Gabriela encontrou tem DOZE sementes!!!! 

É mesmo assustador! Aquele número enorme que encontrámos, pode ser ainda maior!

Era tão bom se as autóctones produzissem sementes nesta escala!


quinta-feira, 9 de junho de 2022

Jogo “Heróis do Sol Saudável”

Hoje ficamos no recreio para o Jogo dos Heróis do Sol Saudável, um projeto da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em parceria com a Garnier Ambre Solaire e a Direção-Geral da Educação (DGE), que sensibiliza para riscos da exposição solar.

Num tabuleiro gigante, fomos seguindo o percurso de acordo com as pintas dos dados lançados. 

Em algumas das casas tínhamos de responder a questões relacionadas com os cuidados a ter com a exposição ao sol. Não falhámos nenhuma, o que quer dizer que sabemos quais os cuidados a ter com o sol, seja na praia, no recreio, numa caminhada,...

É muito importante prevenirmos para evitar graves problemas!

terça-feira, 7 de junho de 2022

Quantas sementes produzirá uma mimosa?...

 As nossas atividades à volta das invasoras ainda não terminaram e não terminarão tão cedo!

Quando estivemos a descascar acácias no terreno do Tomás a professora chamou-nos a atenção para repararmos no aspeto das mimosas. Nesta altura do ano quase não se vê o verde das folhas pois as vagens castanhas cobrem toda a árvore. A professora disse que um dia havíamos de tentar calcular o número de sementes produzidos por uma mimosa. "Isso é impossível!", comentámos.

No sábado a professora, a Sofia e a Xana cortaram um ramo numa das mimosas que ainda existem no Salto e hoje a nossa tarefa da tarde foi tentar responder à nossa dúvida.

Quantas sementes produzirá esta mimosa?...

A tarde foi passada com esta atividade. Aprendemos uma palavra nova, "estimativa". Nunca poderíamos contar as sementes mas íamos tentar estimar o seu valor.


De Portimão para Recarei

Gostamos muito de trocar correspondência com outros colegas! 

Desta vez partilhamos os postais que recebemos de Portimão, do projeto "Postais da nossa terra".

Pelos desenhos percebemos logo que estes nossos colegas vivem perto do mar. Quase todos o representaram.

Ao receberem os nossos ficaram a perceber que vivemos numa zona muito diferente pois quase todos referimos o Parque das Serras do Porto. Falámos das serras, do rio Sousa, da proximidade do Porto e explicámos a razão de gostar da nossa terra.

Desta maneira ficamos a conhecer um bocadinho mais do nosso país e damos a conhecer a nossa localidade!




segunda-feira, 6 de junho de 2022

Encontros com o Parque, Bibliolab e "Cem sementes que voaram"

"A árvore estava à espera do dia mais que perfeito, o dia certo, o dia tal.

Deixou passar os dias de frio, os dias de chuva os dias incertos e, quando o calor veio para ficar, soltou 100 sementes que planaram no ar e voaram…"

Foi assim que começou a nossa apresentação integrada nos Encontros com o Parque no sábado, no Salto, Aguiar de Sousa.

Tal como a árvore esperava ansiosamente o dia de largar as sementes, nós esperávamos este dia da apresentação da atividade trabalhada no projeto Bibliolab.

Ao longo do 3.º período, partindo do livro "Cem sementes que voaram", trabalhámos de forma transversal a Educação Literária, a leitura,  a escrita, a matemática, o estudo do meio com o Ensino Experimental das Ciências, as TIC, as expressões, a Cidadania, .. 

Usámos o nosso espírito crítico para identificar problemas e para os tentar resolver. Pensando no Parque das Serras do Porto, escolhemos o problema das invasoras e tentámos saber como apareceram por aqui e como se disseminam.

As famílias não foram esquecidas e ajudaram-nos a fazer o descasque de acácias, num sábado muito animado.

Tínhamos de partilhar o que aprendemos e a forma escolhida foi a que já nos é tão querida: uma dramatização com umas canções à mistura. O texto começou com o início do livro e foi sendo completado com as nossas ideias.

Num sábado magnífico, tendo como cenário a paisagem fantástica do canhão da Senhora do Salto, partilhámos a nossa produção com a família, com membros do Bibliolab, do Parque das Serras e da Câmara Municipal de Paredes e ainda com alguns visitantes.

A música, o texto, as cores, o movimento e a paisagem estavam perfeitos e a nossa mensagem foi passada: temos de ser membros da Brigada da Floresta e acabar com as invasoras!