terça-feira, 29 de setembro de 2020

O nosso primeiro texto, uma história de outono

 Hoje falámos do outono, das mudanças na Natureza, especialmente nas árvores.

Recebemos depois um desenho para colorir e a partir dele, criámos uma história. Íamos dando as ideias e a professora escrevia aqui no blogue. Às vezes a professora pedia-nos para arranjarmos outras palavras para não nos repetirmos e até ficou surpreendida com as nossas sugestões, sobretudo nas palavras "magnífica" e "acrescentou"! 

A professora disse que ia colocar aqui alguns desenhos e aqui ficam os que ficaram completos.

Ficou muito bonita a nossa história! Vamos fazer outras, de certeza!

Uma história de outono

Era uma vez dois irmãos gémeos, o João e a Inês. Eles tinham 6 anos e já andavam no 1.º ano.

Os dois irmãos adoram a natureza! 

Na primavera gostam de brincar na relva e de apanhar flores para fazer colares e tiaras e no outono adoram fazer coleções de folhas! 

Como já chegou o outono, as folhas começam a mudar de cor e a cair das árvores.

O João e a Inês foram para o jardim da avó apanhar folhas para a sua coleção.

Apanharam as folhas mais bonitas, as avermelhadas, as amareladas, as alaranjadas, as acastanhadas e algumas ainda verdes.

- Que folhas tão bonitas! - disse a Inês.

- São mesmo! A nossa coleção vai ficar magnífica! - acrescentou o João.

Os dois irmãos  pediram à avó uma caixa para guardar as folhas até elas secarem. Foram para casa com muito cuidado, a segurar a caixa como se fosse um tesouro. E era! Era o seu tesouro de folhas de outono!

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Novas brincadeiras

 Os jogos no recreio ainda não estão completos mas... qual é o problema?! Já nos fartámos de os utilizar!

Na próxima semana a brincadeira vai saber ainda muito melhor e os intervalos vão parecer ainda mais pequenos!









sábado, 26 de setembro de 2020

Um recreio mais bonito

 Hoje o recreio da nossa escola recebeu os pais que o iam tornar mais bonito.

Para a nossa turma contávamos com 5 pais, o número ideal para trabalhar em segurança. Traziam tintas, pincéis, tabuleiros e rolos, tudo o que era preciso para dar cor ao negro acinzentado do asfalto. Traziam sobretudo muita vontade de tornar mais alegres os dias da nossa gente pequena. Alguns que não puderam vir, enviaram materiais e ferramentas.

Os pais das várias turmas ocuparam as zonas destinadas a cada uma reforçando os desenhos existentes ou criando novos. Para os novos jogos, o desenho era traçado a giz pelos mais habilidosos. Quem não tivesse jeito para desenhar, seguia os riscos e até houve uma mãe, a da Bianca, que assumiu a tarefa de aspirar! Sim! Nós tínhamos um aspirador industrial para limpar a zona a pintar! Tudo muito bem organizado!

O pai da Beatriz encarregou-se da manutenção da pirâmide de suporte de jardim, reforçando os parafusos e pintando-a. Agora só falta começar a criar os vasos de suculentas com as garrafas pet, desafio a lançar a toda a escola. Vai ficar muito bonito o nosso jardim suspenso de suculentas!

A manhã passou a voar! Conforme se ia concluindo jogos ou iam acabando as tintas, os pais davam por terminada a sua tarefa. Depois das arrumações uns chuviscos vieram confirmar que era hora de parar.

Sábado poderemos dar muito mais cor e vida ao recreio porque vamos receber uma oferta de tintas! falta-nos identificar o nosso espaço com uma das espécies do parque das Serras. Escolhemos a salamandra de pintas amarelas que já foi pensada junto a uma flor.

A Beatriz apareceu com o pai e foi-lhe confiada a tarefa de repórter fotográfica. E que bem que ela desempenhou o papel! 

Vejam como o nosso recreio começa a ficar bonito!


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Primeira Saída de Campo

 Hoje foi um dia muito diferente em que aprendemos muitas palavras novas e ficámos a conhecer melhor a biodiversidade que nos rodeia!

Esta semana a professora tinha nos mostrado uma planta fora da rede do recreio e falou-nos um pouco dela. Disse que é uma das principais invasoras que temos e que é urgente tentar controlá-la para que não ocupe tudo. Ao ver as  sementes pequenas e leves percebemos como é fácil ela espalhar-se. Esta planta é a erva-cortadeira ou erva-das-pampas. Olhem que o nome dela não engana, as suas folhas cortam mesmo!

Estivemos a dar sugestões para acabar com ela. Como não as podemos arrancar,  combinámos cortar as plumas e destruí-las para que não dessem origem a novas plantas. Ficámos logo muito animados a pensar numa saída da escola, claro! 

Hoje aparecemos muito ansiosos para esta atividade, a nossa primeira Saída de Campo, alguns equipados a rigor com galochas e luvas.  A professora tinha uns sacos grandes de plástico e uma tesoura de poda. Depois de trabalhar português, lanchamos e saímos da escola. 

Pelo caminho fomos conhecendo algumas espécies autóctones, as do nosso país, e algumas  invasoras e até infestantes, as que não deveriam cá estar...

A primeira observação foi para a junça, uma planta que até parece de jardim mas que é infestante.



Logo a  seguir encontrámos autóctones numa fila de primos Quercus os carvalhos e os sobreiros

Pertinho deles estava outra autóctone, um grande medronheiro

Um bocadinho atrás vimos outras invasoras, os eucaliptos. A professora perguntou se achávamos que os pássaros gostariam mais de fazer um ninho nos eucaliptos ou nos carvalhos e ninguém teve dúvida! Nos carvalhos, claro, que tinham muito mais folhas!

Veio a parte mais divertida na subida do monte! Tínhamos que pisar o mato, na maioria urze, aquela planta que na primavera dá uma cor rosa ou roxa aos montes mas agora quase não as tem.

Lá no cimo, junto a uma zona onde se costuma formar um charco com as águas da chuva encontrámos mais uma autóctone, o salgueiro, uma árvore que gosta muito das margens dos rios mas também vai aparecendo nos montes.

Junto a essa árvore vimos um saltote que pousou nas costas da Ana Matilde!

A zona do charco estava muito húmida, com muitos musgos  e outras pequenas plantas que a professora fotografou com a lupa no telemóvel...


e pudemos ver aí muitas marcas de coelhos, uma toca enorme e muitos excrementos. Achámos um bocadito estranho ouvir a professora dizer que os coelhos comem os seus excrementos e houve muitos narizes torcidos! 


Tivemos ajuda do professor Ângelo, representante da APRISOF, uma associação de defesa do rio Sousa, que nos vai acompanhar em algumas atividades este ano. Enquanto os professores preparavam tudo para começarmos o corte, fomos explorando o que nos rodeava.








Fomos então cortar as plumas da erva cortadeira. O professor Ângelo tinha uma rede que servia para puxar para nós as plumas. Cada um pode cortar uma e os sacos ficaram cheios! O professor foi cortar as que estavam em sítios mais perigosos.

Para nos mostrar como as folhas podem ser perigosas, a professora pegou num papel e o professor cortou-o com a folha, como se fosse uma serra!




Voltámos para a escola com a mesma energia, respondendo às perguntas da professora sobre o que aprendemos.


Durante a saída de Campo a professora fez um jogo: se ela dissesse o nome de uma espécie autóctone, nós levantávamos os polegares mas se ela dissesse o de uma invasora ou infestante, os polegares apontavam o chão. Foi muito giro fazer isto! Mais tarde, na sala, repetimos o jogo e até decidimos juntar uns sons para cada gesto!

A Natureza é mesmo a melhor sala de aula!

Pais, testem os nossos conhecimentos e façam-nos perguntas! Vão aprender muito connosco!