Esta semana, juntando as características de dois animais, tivemos de inventar um novo.
Este é um texto que nos faz trabalhar a imaginação e a criatividade. Com esta tarefa há por aí mais de vinte animais novos que, se estiverem muito atentos, talvez encontrem por aí um dia!
Para ajudar a combater algumas falhas e para nos orientar na escrita de texto, em conjunto, criámos mais um animal, o cãoleta.
Cãoleta
Era uma vez um cão que sonhava poder viajar pelo mundo. Quando não estava a brincar, deitava-se na relva e olhava os pequenos animais que se moviam no céu.
- Ah! Se eu pudesse voar, conhecia o mundo inteiro!
Num desses momentos, uma borboleta que por lá passava achou-o muito triste e pousou no seu nariz.
Antes que ele conseguisse sacudi-la, ela disse:
- Porque é que estás sempre com esse ar tão triste?
- Eu queria conhecer o mundo e seria tão fácil se eu pudesse voar como tu!...
- Quando estiver lua cheia, vem ter comigo aqui ao jardim!- sussurrou a borboleta.
O cão ficou radiante! Dia após dia, passou a olhar muito atentamente para o céu observando a lua.
Finalmente chegou uma noite de lua cheia! O cão foi para o local combinado e esperou, esperou,...
Quando já estava quase a desistir, viu a borboleta a aproximar-se.
- Vamos, vem comigo voar!
- Mas como?
- Enquanto estiveste à minha espera, a magia aconteceu! - disse a borboleta, sorridente.
O cão rodou, rodou mas não conseguia ver nada de diferente!
-Acredita em mim! - disse a borboleta saindo a voar.
O cão deu uma corrida e, sem saber como, começou a voar!
Quando olhou para baixo, quase sem acreditar! Viu na sua sombra duas perfeitas asas coloridas!
- Não acredito!! Estou a voar!
- Sim! Agora és um "cãoleta"- gracejou a borboleta.
Com a sua nova amiga, partiu a conhecer o mundo, realizando o seu sonho.
Viu casas, florestas enormes, montanhas, rios e o mar imenso pintalgado por barcos e golfinhos saltitantes. Sentiu muito frio quando chegou ao Ártico e quase sufocou com o calor ao atravessar a savana.
De vez em quando alguém o via lá de baixo e gritava de espanto. Ele acenava a todos, sempre com um enorme sorriso no focinho.
O cãoleta não deu conta do passar do tempo. Não sabia se tinha passado uma hora, um dia ou uma semana! Só sabia que estava a realizar o seu sonho de conhecer o mundo.
Quando o sol nascia atrás das montanhas, viu que se aproximava de casa. Aterrou no jardim muito suavemente e a borboleta pousou no seu nariz.
- Obrigado, borboleta, por realizares o meu sonho!
- Foi um prazer! Lembra-te sempre que temos de ser persistentes, ter motivação e acreditar nos nossos sonhos!
O cãoleta ia responder-lhe mas ela já tinha desaparecido.
Cheio de sede, foi beber água ao lago do jardim e reparou que já não era um "cãoleta", tinha voltado a ser um simples cão mas agora, um cão muito mais feliz!