Hoje foi um dia muito diferente em que aprendemos muitas palavras novas e ficámos a conhecer melhor a biodiversidade que nos rodeia!
Esta semana a professora tinha nos mostrado uma planta fora da rede do recreio e falou-nos um pouco dela. Disse que é uma das principais invasoras que temos e que é urgente tentar controlá-la para que não ocupe tudo. Ao ver as sementes pequenas e leves percebemos como é fácil ela espalhar-se. Esta planta é a erva-cortadeira ou erva-das-pampas. Olhem que o nome dela não engana, as suas folhas cortam mesmo!
Estivemos a dar sugestões para acabar com ela. Como não as podemos arrancar, combinámos cortar as plumas e destruí-las para que não dessem origem a novas plantas. Ficámos logo muito animados a pensar numa saída da escola, claro!
Hoje aparecemos muito ansiosos para esta atividade, a nossa primeira Saída de Campo, alguns equipados a rigor com galochas e luvas. A professora tinha uns sacos grandes de plástico e uma tesoura de poda. Depois de trabalhar português, lanchamos e saímos da escola.
Pelo caminho fomos conhecendo algumas espécies autóctones, as do nosso país, e algumas invasoras e até infestantes, as que não deveriam cá estar...
A primeira observação foi para a junça, uma planta que até parece de jardim mas que é infestante.
Logo a seguir encontrámos autóctones numa fila de primos Quercus os carvalhos e os sobreiros.
Pertinho deles estava outra autóctone, um grande medronheiro.
Um bocadinho atrás vimos outras invasoras, os eucaliptos. A professora perguntou se achávamos que os pássaros gostariam mais de fazer um ninho nos eucaliptos ou nos carvalhos e ninguém teve dúvida! Nos carvalhos, claro, que tinham muito mais folhas!Veio a parte mais divertida na subida do monte! Tínhamos que pisar o mato, na maioria urze, aquela planta que na primavera dá uma cor rosa ou roxa aos montes mas agora quase não as tem.
Lá no cimo, junto a uma zona onde se costuma formar um charco com as águas da chuva encontrámos mais uma autóctone, o salgueiro, uma árvore que gosta muito das margens dos rios mas também vai aparecendo nos montes.
Junto a essa árvore vimos um saltote que pousou nas costas da Ana Matilde!
A zona do charco estava muito húmida, com muitos musgos e outras pequenas plantas que a professora fotografou com a lupa no telemóvel...
e pudemos ver aí muitas marcas de coelhos, uma toca enorme e muitos excrementos. Achámos um bocadito estranho ouvir a professora dizer que os coelhos comem os seus excrementos e houve muitos narizes torcidos!
Tivemos ajuda do professor Ângelo, representante da APRISOF, uma associação de defesa do rio Sousa, que nos vai acompanhar em algumas atividades este ano. Enquanto os professores preparavam tudo para começarmos o corte, fomos explorando o que nos rodeava.
Fomos então cortar as plumas da erva cortadeira. O professor Ângelo tinha uma rede que servia para puxar para nós as plumas. Cada um pode cortar uma e os sacos ficaram cheios! O professor foi cortar as que estavam em sítios mais perigosos.
Para nos mostrar como as folhas podem ser perigosas, a professora pegou num papel e o professor cortou-o com a folha, como se fosse uma serra!
Voltámos para a escola com a mesma energia, respondendo às perguntas da professora sobre o que aprendemos.
Durante a saída de Campo a professora fez um jogo: se ela dissesse o nome de uma espécie autóctone, nós levantávamos os polegares mas se ela dissesse o de uma invasora ou infestante, os polegares apontavam o chão. Foi muito giro fazer isto! Mais tarde, na sala, repetimos o jogo e até decidimos juntar uns sons para cada gesto!
A Natureza é mesmo a melhor sala de aula!
Pais, testem os nossos conhecimentos e façam-nos perguntas! Vão aprender muito connosco!
Que saída fixe! Adoro a vossa sala de aula! E adoro a forma como cuidam do nosso ambiente! Obrigado meninos!
ResponderEliminarXana! Sem dúvida a professora é excecional!
ResponderEliminarFicou muito giro espero que fação mais coisas asim giras e que corra tudo bem
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