terça-feira, 31 de outubro de 2023

O Reino Fantasmagórico

Hoje é Dia de Halloween e a nossa escola foi invadida por criaturas fantásticas. inspirámo-nos nelas e criámos esta história que depois foi ilustrada.


O Reino Fantasmagórico

No topo do monte mais alto da Floresta Assombrada, fica o Reino Fantasmagórico. 

Todos os habitantes viviam dentro do Castelo Sombrio, uma construção com um ar muito sinistro,  de pedra muito escura, coberta de teias de aranha que ondulavam com o vento que todos os dias soprava bem forte.

Uma única porta enorme ligava o castelo à Floresta Assombrada. Era de madeira muito velha e de dobradiças enferrujadas que rangiam cada vez que alguém entrava ou saía ou que o vento soprava mais intenso.

Ninguém se aproximava do castelo, aliás, ninguém se aproximava sequer da Floresta Assombrada porque a consideravam amaldiçoada.

Dentro do castelo viviam criaturas muito, muito estranhas, a começar pela família real que ocupava a torre principal mas que passava o dia numa varanda suspensa, para observar e controlar tudo. O rei era o habitante mais alto e mais forte, o mais majestoso do reino. Tinha uma coroa de dentes de vampiro, usava um tridente feito de ossos e cobria-se com um manto feito de pelos de rato. A sua voz era assustadora! Quando se zangava conseguia fazer tremer o castelo. 

A rainha, baixa e muito roliça, exibia-se num vestido gosmento onde passeavam lesmas brilhantes. Ao pescoço usava sempre uma cobra como colar. A sua voz era fina e tão estridente que não tinha restado um só vidro inteiro no castelo!

Os guardas do reino eram lobisomens, sempre atentos e vigilantes. Bem, para falar verdade, tinham pouco trabalho porque ninguém queria ser inimigo daquele reino ou sequer aproximar-se do castelo! O mais comum era encontrá-los a dormir!

Os criados eram tão assustadores como a família real! 

As cozinheiras eram bruxas que, nos grandes caldeirões, faziam comidas horripilantes como assado de ratazana, canja de aranhas, saladas de asas e olhos de morcego,... A sua obra de arte era a sobremesa mais escolhida do rei, o pudim de caracol.

Para arrumar o castelo havia fantasmas que limpavam o pó, ao passar. Para se sacudirem, sobrevoavam o castelo, nas noites de lua cheia, deixando uma nuvem de poeira no ar.

Se passeássemos no interior das muralhas do castelo para conhecer os habitantes, podíamos ver esqueletos a arranjar o jardim, abóboras com três mãos a lavar e a estender a roupa, ciclopes a conduzirem carroças puxadas por dragões anões, múmias a corar ao sol, ,...

Se alguém estivesse doente tinha o curandeiro, uma criatura com cabeça de corvo e corpo de gato preto. Com poções de ervas mágicas mas muito malcheirosas, ele  curava qualquer um!

A escola, situada nas masmorras do castelo, só abria de noite para a professora coruja dar as suas aulas. Lá aprendiam a História do reino, as suas regras (só podiam deslocar-se no reino em bicos de pés,  cumprimentavam-se batendo palmas e, sempre que passassem pela família real pendurada na varanda suspensa, tinham de fazer vénia com espargata no chão,  entre outras regras). Aprendiam a escrever na sua língua (que ninguém do mundo conhecia), fazendo-o da direita para a esquerda e de baixo para cima. 

Neste reino todos eram felizes, apesar de nunca se ver um sorriso no rosto porque essa era mais uma das regras do reino.



3 comentários:

  1. 😨😰😱Que medo!!!! Que reino tão assustador! Adorei!! E adorei os desenhis!! Agora fiquei com vontade de ouvir mais histórias deste reino!! Vai haver mais??

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  2. Que história horrivelmente deliciosa! Adorei! 👏👏👏 Muitos parabéns!!!

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  3. Adorei a vossa história! Será que a família real comemora o Natal?
    Beijinhos e parabéns pelo excelente trabalho

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